quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Acompanhei uma conversa entre uns amigos em um restaurante de Aracaju. Eles falavam de muitas coisas. Entre os assuntos a informação dada por um jornalista de que um político havia batido na mulher. Até onde apurei, a notícia era verdadeira, mas o fato caiu em descrédito entre os amigos. Sabiam que o repórter em questão ganhava uns trocado do rival do agressor.

Eles não conheciam o termo técnico para esta prática: o jabá. Por sinal, este alimento fazia parte do cardápio dos amigos.

O jabá costuma ser salgado e este sal que conserva a carne bovina pode ser um problema para a saúde. Os amigos em questão, por exemplo,eram todos obesos e com problemas cardíacos. No meio jornalístico, o sal que faz engordar a conta do infrator também é responsável por estragar as artérias que levam o trabalho do jornalista a credibilidade.

Após a constatação de que o repórter era corrupto, os amigos deixaram o assunto de lado. Eles tinham em mente a seguinte lógica: se a agressão fosse verdadeira, a história seria alvo do canal rival. Pode até ser gostoso, mas o jabá leva o jornalista a lugar nenhum. Melhor, leva sim: para demissão. Nenhum patrão vai querer essa fama para seu jornal. A não ser que ele seja jabazeiro também.

A história em questão é fictícia. Qualquer semelhança é pura coincidência.

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